Respeite seu tempo e seus objetivos, não se compare com os demais nem se deixe levar pela pressão social
Comparação… essa palavra traz em si uma realidade que oprime muitas pessoas. Viver comparando-se com os demais ou deixando-se levar pela comparação feita pelos outros pode jogar qualquer ser humano num terrível estado de inadequação, ansiedade, medo e frustração.
Não podemos deixar de ter em mente o fato de que cada ser humano é único, cada um tem sua história, seu ritmo, seu tempo e seu contexto de vida. Comparar-se — não no sentido positivo da palavra, como quem reconhece algo bom em outrem e se alegra com isso, mas de forma negativa, colocando-se para baixo — é uma perda de tempo, energia e vitalidade.
Se cada pessoa, com coração agradecido, se concentrasse em ser quem é e se esquecesse do hábito de querer ser quem não é, certamente haveria menos depressão nesse mundo viciado em estabelecer modelos de sucesso, beleza e felicidade.
Essa questão torna-se especialmente delicada quando envolve a vida afetiva. Não é difícil encontrar jovens e adultos com a autoestima afetada porque vivem se comparando com os demais ou porque sofrem pressão ao optarem por ficar sozinhos mais um tempo.
É realmente chato quando a decisão de não estar em um relacionamento afetivo torna-se alvo de perguntas, de pressões e até de dúvidas no que se refere à sexualidade de quem simplesmente não quer namorar em determinada etapa da vida. Como diz Nelson Jr em seu livro Eu escolhi esperar, lançado pela Mundo Cristão: “Há uma cobrança constante para ter alguém e nos dizem que só seremos felizes se estivermos namorando. A impressão é que estar sozinho é errado, algo muito ruim”.
O que há de errado em colocar o pé no freio e esperar um pouco mais para engajar-se em um romance? Que erro há em não estar desesperado (a) para “beijar alguém” ou estar com a aliança dourada na mão esquerda?
A realidade é que há muita gente por aí namorando, noivando e se casando pelo medo de ser julgada, pela necessidade de manter as aparências ou para evitar rótulos. Envolver-se sentimentalmente por essas razões pode ser o passaporte para terríveis dores de cabeça, incluindo uma possível separação. Se as bases que sustentam um relacionamento não são verdadeiramente sólidas, ele tenderá à ruína.
Namorar, pelo contrário do que se apregoa por aí, não é pura curtição. É necessário respeito, compromisso, cuidado e amor pelo outro, sabendo que cada ser humano é dotado de sentimentos e emoções, com os quais ninguém tem o direito de brincar. Ninguém é descartável, por isso namorar é coisa séria.
Se você está solteiro, mantenha a calma e respeite o seu ritmo, seus objetivos e anseios. Não se deixe levar, angustiar ou abater pela pressão social. Aproveite este tempo para aprofundar a intimidade com Deus, por meio da oração e estudo da Palavra. Seja inteligente, converse, conheça pessoas e avalie possibilidades.
Quando você notar que é hora de dar um passo para o compromisso e pedir ou aceitar alguém em namoro, siga em frente, não para querer suprir as expectativas dos demais ou como forma de saciar aquela espécie de frustração gerada pelo hábito de comparar-se, mas sim porque você o quis e avaliou que era o melhor momento.
Se preferir continuar solteiro ou solteira, tudo bem, não há nada de errado com isso. Tudo tem seu tempo. Apenas esteja atento (a) ao que faz sentido para você e conte sempre com a ajuda de Deus. Ele conhece as suas necessidades e cuida de sua vida.