5 curiosidades que você precisa saber
Chegou a vez dos sebos e dos livros usados na seção Bastidores MC! Bora conhecer cinco curiosidades sobre o universo fascinantes dos sebos? Confira!
#1- De onde vem a palavra “sebo”?
Não há uma explicação definitiva. O mais provável é que o termo tenha surgido a partir da constatação de que livros velhos e muito manuseados ficam “engordurados”.
Sérgio Rodrigues, articulista do blogue Sobre Palavras (Veja/Abril), escreveu sobre o assunto no post “Por que a loja de livros usados se chama sebo?”. Nele, Sérgio refuta algumas teses acerca da origem de tal acepção da palavra, a saber:
- A de que sebo seria um derivado do termo inglês SEcond-hand BOok [livro de segunda mão];
- A de que seria uma alusão às lágrimas das velas outrora fabricadas com sebo e que escorriam sobre os livros;
- A da possível relação com as palavras do português europeu “assabentar” (instruir) e “sebenta” (apostila, caderno de apontamentos).
Tais teorias, conforme sugere Sérgio, soam infactíveis. O conteúdo leve e divertido pode ser acessado clicando neste link: post sobre a origem da palavra sebo no blogue Sobre Palavras (Veja/Abril).
#2-Você é um alfarrabista?
De acordo com o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis, se você “coleciona, compra ou vende livros antigos e usados” ou “lê ou consulta livros antigos com frequência”, então sua resposta é “sim”! O termo também designa a “loja onde se vendem livros antigos” e os “antiquários de livros”.
Você sabia que o livro antigo, cujo valor depende de sua antiguidade é denominado “alfarrábio”? Interessante, não?
#3- Um papel singular na indústria livreira
Filipe Lindoso, jornalista, tradutor, editor e consultor de políticas públicas para o livro e leitura, em seu artigo Sebos, um mundo à parte, veiculado no PublishNews, descreve o valor histórico, social e mercadológico dos sebos e sua relevância para o âmbito editorial.
Ele sinaliza que, além de permitir uma espécie de reciclagem de obras, quem passam das mãos de um leitor para o outro, os sebos contribuem para a memória editorial do país, sendo depositários “de títulos que, por uma ou outra razão, deixaram de ser publicados, mas que nem por isso são menos importantes para a formação universitária, para pesquisas, etc.”. Paralelamente, aponta o jornalista, tais estabelecimentos viabilizam o mercado de livros raros e satisfazem as necessidades de colecionadores, bibliófilos e admiradores de edições antigas.
Filipe também lista os diferentes tipos de sebos. Eles são: os antiquários livreiros, garimpadores e comerciantes de obras raras, os sebos tradicionais e as pontas de estoque. Leia o artigo Sebos, um mundo à parte. Você vai gostar!
#4- Por que um livro deixa de ser publicado?
Os motivos são os mais variados e englobam aspectos contratuais, financeiros e comerciais. Todo lançamento exige investimento por parte das editoras, que precisam garantir a sobrevivência do negócio e os custos de produção, impressão e distribuição. Toda a cadeia produtiva do livro é profundamente impactada pela situação política e econômica local e global, pela dinâmica do mercado e pelos hábitos de consumo dos leitores.
De acordo com Silvia Justino, gerente editorial da Mundo Cristão, relançar livros publicados no passado e reimprimir livros esgotados é um desafio constante, sobretudo porque o relançamento implica, em primeiro lugar, renegociação de direitos autorais, tratativa que nem sempre é simples.
A gestora sinaliza que a negociação dos direitos de publicação de um livro implica questões como: o prazo de vigência, os diferentes interesses entre os detentores e as editoras, a viabilidade financeira, o investimento inicial, o potencial de vendas, a absorção pelos pontos de venda e a sintonia com as necessidades sociais vigentes. Este último é um fator que contribui para a rápida obsolescência de algumas obras, que muitas vezes não ganham novas edições revisadas, atualizadas e/ou ampliadas, por já não responderem às demandas dos leitores.
Acerca do cuidado da Mundo Cristão ao lidar com tal dinâmica, Silvia Justino comenta que, cientes da necessidade de manter disponíveis obras importantes e que fazem toda diferença para os leitores, a MC busca equilibrar suas publicações, (re)lançando um percentual anual de obras que, embora não satisfaçam todas as exigências normalmente requeridas, são fundamentais para a igreja e a sociedade. “Infelizmente, não conseguimos (re)lançar todas as obras que gostaríamos, mas certamente nos esforçamos por disponibilizar para nosso leitor e nossa leitora livros que inspirem transformação de vida, em nível pessoal e coletivo”, esclarece.
Confira o artigo escrito por Silvia Justino, gerente editorial da MC:
Relançamento, um desafio constante
#5- Sebos reunidos em plataformas virtuais!
Atualmente, existem diferentes serviços on-line que facilitam a consulta ao acervo de diferentes sebos e a compra de raridades. Entre as opções mais populares no Brasil, destacam-se os sites do Sebo Cultura, da Amazon e da Estante Virtual, esta posiciona-se como “o maior portal de compra e venda de livros no Brasil”. De acordo com dados divulgados na página inicial estantevirtual.com.br, desde 2005, a iniciativa que “empodera sebos e livreiros” vendeu mais de 23 milhões de livros.
Serviço:
Você busca um livro da Mundo Cristão que já não está disponível em nosso site ou nas livrarias tradicionais? Que tal visitar um sebo virtual ou presencialmente? Você certamente se surpreenderá com a experiência!
Sebos e livros usados on-line:
Sebo Cultura • Amazon • Estante Virtual
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