“Eu sou n”, lançamento da MC, traz histórias reais de fé e coragem de quem sobreviveu à perseguição religiosa
A perseguição religiosa, a tortura e a consequente morte que vitima cristãos é uma aterradora realidade que ainda persiste em pleno século 21. Embora não seja amplamente divulgada nos noticiários, a estatística por trás da violência imposta aos seguidores de Cristo assusta e entristece. De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2021 (Missão Portas Abertas), publicação anual mundialmente reconhecida, apenas no biênio 2020 > 2021, a morte de cristãos aumentou 60%, passando de 2.983 casos para 4.761, respectivamente.
Dentre os países com perseguição mais severa, aqueles que possuem adeptos do extremismo islâmico chamam especial atenção. Isso porque, além das tensões de cunho político, religioso e social que preocupam não apenas as autoridades locais, mas o mundo inteiro, em decorrência do terrorismo que tais radicais perpetram, há também a crueldade com que crimes contra a vida são cometidos em vilarejos e pequenas comunidades, muitos dos quais permanecem escondidos. Pensar que homens, mulheres e crianças podem estar à mercê de indivíduos violentíssimos neste exato momento deve nos inspirar a voltar os olhos para os céus, clamar a Deus por socorro e buscar medidas para auxiliá-los em suas dificuldades.
É com o intuito de conscientizar a igreja brasileira e os leitores de língua portuguesa em torno desse importante assunto, que a Editora Mundo Cristão lança Eu sou n: Relatos de cristãos que enfrentam o extremismo islâmico, novidade que chega às livrarias em abril. Por meio do livro, os leitores são convidados a conhecer histórias impressionantes de famílias cristãs que preferiram sofrer ao invés de negar a fé em Cristo. A obra foi organizada pela Missão A Voz dos Mártires, fundada pelo pastor Richard Wurmbrand, em 1967, cujo objetivo é servir à igreja perseguida ao redor do mundo por meio de auxílio prático e espiritual e da promoção de comunhão entre os membros do corpo de Cristo.
Um registro singular
Eu sou n reúne episódios reais que aconteceram com cristãos — da Nigéria à Malásia e ao Paquistão — entre os anos 2001 e 2015. Embora muitos deles não sejam fáceis de ler, são verdadeiros exemplos de fidelidade diante da perseguição e uma fonte de encorajamento para a vida de fé. Um ponto importante é que o livro não tem a intenção de incentivar qualquer tipo de ódio em relação aos muçulmanos. Pelo contrário, traz uma mensagem de esperança, no intuito de que haja paz e que todo ser humano tenha a oportunidade de conhecer e se entregar a Jesus Cristo.
Conforme afirmam os organizadores da publicação, os relatos compilados em Eu sou n — sigla utilizada pelos extremistas para identificar os seguidores de Jesus — têm a finalidade de despertar os cristãos a se posicionarem ao lado de quem sofre perseguição, a orar por eles, para que saibam que não estão sozinhos no esforço de propagar o amor de Cristo quando isso gera espancamento, tortura e morte — de si mesmos ou de seus amados. “Longe de serem cristãos com qualidades especiais, esses irmãos e irmãs na fé são pessoas comuns, como todos nós, que precisam de socorro e intercessão em meio à tristeza e à hostilidade”.
“À medida que conhecemos esses seguidores perseguidos de Jesus, descobrimos que eles não são “supercristãos” que, de algum modo, alcançaram um nível elevado de espiritualidade. São pessoas como nós. Sentem angústia profunda quando suas crianças são levadas embora, quando perdem o esposo pela morte, quando os filhos são atacados, quando a esposa é estuprada e as filhas são forçadas à escravidão sexual. Enfrentam incertezas e temores quando são expulsos da própria família, perdem o emprego e são excluídos da comunidade por seguirem Jesus.”
Organizadores de Eu sou n
Testemunhos que despertam a fome pela verdade
Eu sou n revela algo curioso: o próprio sofrimento dos cristãos perseguidos desperta fome intensa pela verdade de Deus entre aqueles que outrora não consideravam a fé em Jesus uma opção. É em meio a esse contexto de dor e superação que homens e mulheres corajosos, a despeito de todo perigo, proclamam com ousadia: “Eu sou n”, e compartilham com fidelidade a mensagem da graça de Deus em um mundo que necessita desesperadamente dele.
“Tais pessoas sacrificaram voluntariamente tudo o que tinham neste mundo a fim de cumprir o chamado de Deus para obedecer-lhe e servi-lo. Assim como os heróis da fé cujas histórias lemos na Bíblia e no registro da história da igreja, eles vivem as palavras de Paulo em Filipenses 1.21: ‘Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro’”.
Excelente recurso para escolas bíblicas, cursos de missões e de formação ministerial, Eu sou n é também um celeiro de ilustrações verídicas para pregações e um livro emocionante para todo leitor que deseja conhecer mais a realidade dos cristãos perseguidos, unir-se a eles pela fé e, inspirado por seus exemplos, fortalecer-se na jornada com Cristo.
A obra já está à venda nas livrarias e nas principais plataformas virtuais.