Saiba mais sobre esse importante nome do cristianismo ao ler um trecho de “Heróis da Igreja: A Era Moderna”
Trecho de Heróis da Igreja: A Era moderna
É uma grande ironia o fato de que o teólogo mais brilhante e criativo dos Estados Unidos, Jonathan Edwards, seja popularmente reduzido a uma caricatura de seu célebre sermão de 1741, “Pecadores nas mãos de um Deus irado”.
Edwards foi um pensador extremamente criativo em teologia, filosofia e psicologia. Foi também o principal porta-voz do Primeiro Grande Despertamento (c. 1730–1740) na Nova Inglaterra. É insuperável na definição clara das características distintivas da verdadeira fé cristã, da experiência e dos atributos da santidade cristã sancionada por Deus.
Após ler Uma fiel narrativa da surpreendente obra de Deus, que Edwards escreveu em 1737, John Wesley declarou: “Sem dúvida isso é obra do Senhor e é maravilhoso a nossos olhos” (Ahlstrom, Religious History, p. 302). Edwards teria sido lembrado ainda que o Grande Despertamento jamais houvesse acontecido. Muitos de seus pensamentos sobre liberdade, pecado, virtude e providência divina foram publicados na região de Massachusetts. Sua “principal contribuição é uma realidade intelectual e espiritual duradoura, a reconstrução monumental da ortodoxia reformada [calvinista], lembrada por suas reflexões exegéticas, seu poder literário e sua grandeza filosófica” (p. 288).
Edwards, uma figura brilhante e complexa, foi “pego entre duas eras”, a medieval e a moderna. Passou a vida “em uma luta agonizante para afirmar plenamente o novo, sem desistir do antigo”. Trabalhou para “colocar vinho novo em odres velhos” (Marsden, Jonathan Edwards, p. 213).
Edwards era filho de Timothy Edwards, homem de grande inteligência e ministro puritano em East Windsor, Connecticut. Sua mãe, Esther Soddad, era igualmente talentosa, filha do proeminente pastor puritano Solomon Stoddard, de Northampton, Massachusetts. Com a mente fervilhante, Edwards ingressou em Yale em 1716, quando a educação superior da Nova Inglaterra passava por um período de transição. Ele iniciou o processo de conciliar o puritanismo herdado dos pais com formas modernas de pensamento expressas em livros didáticos de ciência, lógica e ética, que refletiam as ideias do filósofo francês René Descartes e do inglês John Locke.
Em 1721, Edwards passou por uma experiência de conversão que incluiu uma visão da glória visível de Deus em todos os aspectos da ordem natural. Após se formar e receber a licença para pregar em 1722, Edwards ministrou em uma congregação presbiteriana em Nova York, onde refletiu sobre a natureza da experiência religiosa e escreveu acerca da mente e da ciência natural. Em 1727, foi ordenado em Northampton, onde se tornou pastor associado de seu avô, Solomon Stoddard, que morreu dois anos depois. Aceitando assumir o legado do avô, Edwards se tornou o pastor mais influente do oeste de Massachusetts.
Numa palestra ministrada aos pastores de Boston em Harvard, o pastor de 28 anos alertou que a doutrina puritana ortodoxa deve não só ser fortificada contra a erosão doutrinária, mas também enriquecida com novos aprendizados. Em 1738, publicou sermões sobre a justificação que promoveram um reavivamento em Northampton marcado por “conversões surpreendentes”. O reavivamento se expandiu até se tornar o Grande Despertamento. Crescia a influência de Edwards como líder e apologista.
Um tratado concernente às afeições religiosas (1746) é uma obra insuperável da experiência cristã autêntica. Trata-se de uma defesa contra os que abusam e zombam da experiência cristã, detratando-a. Edwards escreveu Afeições religiosas em resposta à obra Pensamentos oportunos sobre a condição da religião na Nova Inglaterra, escrita pelo influente pastor congregacionalista (puritano) Charles Chauncey, de Boston (1705 1787). Chauncey era um oponente declarado da pregação de reavivamento. Ele dizia que o Grande Despertamento nada mais era que desordem doutrinária revivida e entusiasmo herege deixado à solta. Edwards não passaria de um “entusiasta visionário”. Quem ler Afeições religiosas com cuidado sem dúvida se beneficiará em discordar.
No dia 1º de julho de 1750, Edwards pregou seu último sermão oficial como pastor de Northampton. No entanto, até novembro, a pedido da congregação, ele continuou a pregar quase semanalmente, sempre que os membros não conseguiam encontrar um pregador convidado. A família pastoral “permaneceu em situação incômoda em Northampton por um ano” (Marsden, Jonathan Edwards, p. 363-364).
Ele entrou em conflito com famílias poderosas que foram contrárias a seus esforços de limitar o acesso à Ceia do Senhor a pessoas que professavam abertamente a graça redentora e também por tentar disciplinar os jovens pelos “livros ruins” que tinham. Depois de expulso, Edwards e a família ficaram sem renda. Ele foi convidado a ser pastor em uma missão de fronteira em Stockbridge, Massachusetts. Providencialmente, o que parecia uma derrota acabou se tornando o período mais produtivo de sua vida.
Em 1758, com a saúde em declínio, substituiu Aaron Burr Sr. († 1757) como presidente da Faculdade de New Jersey (Princeton). Edwards morreu em 22 de março de 1758, depois de ser vacinado contra varíola.
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2 Comentário
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