Saiba mais sobre esse importante nome do cristianismo ao ler um trecho de “Heróis da Igreja: A Era Contemporânea”
Trecho de Heróis da Igreja: A Era Contemporânea
Nenhum nome do século 20 é mais identificado com a apologética (do grego apologia, “defesa”) cristã do que Clive Staples Lewis. Durante sua notável atuação como professor universitário e crítico literário, Lewis publicou livros que podem muito bem provar-se imortais na literatura cristã. O problema do sofrimento (1940), Cartas de um diabo a seu aprendiz (1942) e Cristianismo puro e simples (1952, produzido a partir de transmissões radiofônicas entre 1941 e 1944) abrem a lista. Os sete volumes da série Crônicas de Nárnia (1950–1956), concebidos como literatura infantil, constituem uma magistral alegoria da expiação e da ressurreição de Jesus, bem como de outros temas cristãos.
Lewis nasceu em Belfast, na Irlanda. Entre amigos e familiares, era conhecido como Jack, nome associado a um querido cachorro de estimação. Aos 15 anos, tornou-se ateu, interessando-se por mitologia, ocultismo e literatura escandinava antiga. Em 1917, ingressou na Universidade de Oxford, mas logo teve de servir ao exército. A experiência em batalhas robusteceu seu ateísmo. No final da década de 1920, converteu-se ao cristianismo pela influência do clérigo, autor e poeta George MacDonald, do amigo J. R. R. Tolkien e de G. K. Chesterton. Lewis descreve o processo em Surpreendido pela alegria: “Sei muito bem quando se deu o passo final, embora me escape como. Fui levado até o zoológico Whipsnade numa manhã ensolarada. Quando partimos, eu não acreditava que Jesus Cristo é o Filho de Deus, e quando chegamos ao zoológico, já cria”.
Em A vida de C. S. Lewis, Alister McGrath afirma que “juntamente com o Lewis autor de romances famosos, há uma segunda persona, menos conhecida: o Lewis escritor e apologista cristão, preocupado em comunicar e compartilhar sua rica visão do poder intelectual e imaginativo da fé cristã — uma fé que ele descobriu já adulto e considerou racional e espiritualmente irresistível” (p. 13).
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Trechos de obras de C. S. Lewis:
Em um jogo de xadrez, podemos fazer concessões arbitrárias ao nosso oponente. […] É possível privar-nos de uma torre. […] Mas, se concedêssemos tudo o que o favorecesse — se todos os movimentos dele fossem revogáveis e nossas peças sumissem sempre que ocupassem uma posição por ele indesejada —, não haveria jogo de fato. Assim é com a vida das almas no mundo: as leis rígidas, as consequências de necessidades causais e toda a ordem natural são os limites aos quais a vida cotidiana está confinada, e também a única condição sob a qual qualquer vida como essa é possível. Tente excluir a possibilidade de sofrimento inerente à ordem natural e ao livre-arbítrio, e descobrirá que excluiu a própria vida.
C.S. Lewis, O problema do sofrimento, p. 22
A igreja é a noiva do Senhor, a quem ele ama tanto que, nela, nenhuma mancha ou ruga é tolerável. […] O amor demanda o aperfeiçoamento daquele que é amado; a “bondade” que, com exceção do sofrimento, tudo tolera no objeto amado se opõe ao amor. Quando nos apaixonamos por uma mulher, acaso deixamos de considerar se ela está limpa ou suja, se é honesta ou desleal? […] É possível amar quando o amado já não é belo, mas não propriamente pelo fato de não haver beleza. O amor pode perdoar todas as fragilidades e amar apesar delas, mas não deixa de ansiar que sejam abolidas.
Quando o cristianismo alega que Deus ama o homem, significa que Deus ama o homem. Em tremenda e espantosa verdade, somos objeto de seu amor. Você pediu por um Deus amoroso e agora já tem um. […] Não se trata de uma senil benevolência que, em letargia, espera que você seja feliz à sua maneira; trata-se do próprio fogo consumidor, o amor que criou o mundo e é tão persistente como o amor do artista por sua obra.
C.S. Lewis, O problema do sofrimento, p. 34 – 35
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Heróis da Igreja percorre dois milênios de uma história vibrante e comovente, protagonizada por homens e mulheres que deixaram sua marca como testemunhas de Cristo em momentos dramáticos e cruciais para o povo de Deus.
A coleção apresenta, de maneira didática e motivadora, a vida daqueles que a tradição cristã decidiu nomear como heróis. Mais do que apenas um relato sobre as principais personagens da história da Igreja, você encontrará textos escritos por eles e por elas, cujo conteúdo é de alto valor devocional.
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