O que a influenciou a se tornar a mãe que você é? Qual é seu estilo de criação de filhos – e como isso afeta seu garotinho ou rapaz?
Se você precisasse confessar, quais destas declarações soariam familiares para você?
- “Eu mandei você fazer.”
- “Ah, não se preocupe. A mamãe faz para você.”
- “Tem certeza de que você terminou o dever de casa?”
- “Não me interessa o que você acha do jantar. Dê um jeito de comer!”
- “Volte para a cama agora. Já coloquei você para dormir uma vez; não vou lá de novo — e não, não pode tomar um gole de água!”
- “É claro, pode deixar que sua camisa especial estará prontinha para amanhã.”
- “Filho, eu disse que não pode… Tudo bem… Só desta vez.”
Deixe-me perguntar: alguma dessas declarações que saem de sua boca separecem com coisas que sua mãe ou seu pai falavam para você?
Ah, agora você está começando a entender. Veja bem, por mais que diga parasi mesma: “Nunca vou falar a meus filhos as coisas que minha mãe e meu paifalavam para mim”,
você acaba dizendo assim mesmo — e até com expressão e tom idênticos aos que seus pais usavam! Você pode imunizar seu filho contra certas doenças, mas sempre passará para eles a influência de seus pais sobre você.
Algumas vezes, isso é bom; outras vezes, pode ser tóxico.E aqui vem o truque: como já discutimos, o relacionamento entre os sexos opostos é o mais importante.
Como você é mulher, isso significa que seu relacionamento mais importante foi com seu pai.
Que tipo de pai você teve?
Ele era:
- Uma presença amorosa contínua em sua casa? Alguém que não perdia um jogo, concerto musical ou recital de balé de que você participava?
- Um workaholic que quase nunca chegava em casa a tempo para o jantar — ou para qualquer atividade familiar?
- Um homem duro que a castigava com severidade pela menor das infrações?
- Um alcoólatra que a envergonhava na frente dos seus amigos?
- Um molengão que lhe dava tudo que você queria?
- Um homem tímido, controlado pela esposa — sua mãe?
Seu relacionamento com seu pai está muito ligado à forma como você pensa sobre seu marido e o trata (caso seja casada), bem como ao seu conceito sobre os homens de maneira geral e sobre seu filho em particular.
Qualquer frustração que você tenha vivenciado com seu pai pode ser transmitida, por seu intermédio, a seu filho, pelo simples fato de seu filho ser homem.
Seu filho é o seu pai?
Não, mas é possível que, inconscientemente, você o veja dessa maneira.
A pessoa que você é hoje — como ser humano e como mãe — tem tudo a ver com a forma como sua mãe e seu pai a criaram.
E esse estilo de criação de filhos continuará a ser sua reação instintiva — sua forma natural de fazer as coisas.Contudo, isso não quer dizer que você não seja capaz de mudar, se quiser.
Você adotou esse estilo de criação de filhos de maneira automática, por ter sido seu exemplo. Mas você se apegará ao que lhe é mais confortável?
Trecho do livro A diferença que a mãe faz, página 49.