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Mundo Cristão entrevista Rachel Sheherazade

Em bate-papo com a equipe MC, autora fala sobre seu primeiro livro e compartilha princípios para a cura do Brasil

Em 2015, a Mundo Cristão lançou o livro “O Brasil tem cura”, escrito por Rachel Sheherazade, jornalista paraibana, considerada uma das principais expressões do telejornalismo brasileiro.

Na obra, sucesso de vendas e que tem provocado excelente repercussão na mídia, a autora traça uma reflexão criativa e pessoal sobre a conjuntura complexa que vive o país e expõe dilemas e mazelas que vitimam a nossa sociedade. (Para ler sinopse completa, clique aqui).

Em entrevista à MC, Rachel compartilha com nossos leitores mais detalhes sobre o livro, fala do sonho de tornar-se escritora e dá sua opinião acerca de assuntos importantes para a transformação do Brasil, como a liberdade de expressão e o combate à corrupção. Um bate-papo repleto de conteúdo. Confira!

MC: Por que escrever “O Brasil tem cura?” Qual o seu objetivo com a obra?

Rachel Sheherazade: Decidi escrever o livro porque acredito que nosso país e o nosso povo não estão condenados à ruína.

Acredito que nós, cidadãos brasileiros, somos senhores do nosso destino, corresponsáveis por este país, e, sim, podemos mudar o futuro do Brasil a partir das nossas escolhas no presente.

Se existe uma cura para o Brasil, isso significa que existe também uma “enfermidade” a ser tratada. De que forma você traçou esse diagnóstico?

Analisei o que considero os problemas mais graves do país. Revisitei a história do nosso país, especialmente a colonização do Brasil, para tentar entender e explicar ao leitor as origens dessas mazelas.

Fiz uma correlação entre nossas escolhas no passado com as consequências do presente.

É preciso que o brasileiro se reconheça como um povo doente, necessitado de terapia, comprometido com a cura.

Por isso, dividi o livro em diagnóstico e tratamento.

Em sua opinião, por que a violência, a impunidade, a corrupção e a carência de princípios morais, como a honestidade e a integridade, chegaram a patamares tão elevados em nossa nação?

Por que nos adaptamos a eles, pouco a pouco fomos nos acomodamos a essa realidade caótica.

No caso da corrupção por exemplo, incorporamos esse elemento extremamente nocivo ao nosso modo de vida, criando a abominável cultura da desonestidade, o tal “jeitinho brasileiro”.

Falar o que pensa e expor as feridas de nossa sociedade nem sempre é tarefa fácil. Você acredita que, de fato, existe liberdade de expressão em nosso país?

Até a página dois. A liberdade de expressão não é celebrada no nosso país.

Ela é apenas tolerada e somente até que não interfira nos interesses dos poderosos.

Volta e meia, a ameaça de censura volta a rondar as redações dos jornais, os programas de televisão, as obras literárias, a internet… Os cidadãos e as instituições precisam ficar alerta e repudiar qualquer tentativa de mordaça.

De que forma o cidadão comum pode atuar eficazmente como um agente de transformação do Brasil?

O primeiro passo, acredito, é a autotransformação. Reconhecer-se, também, como parte do problema e curar suas próprias mazelas.

Rever seus conceitos, resgatar valores, agir com retidão, dentro da lei e da ordem.

Ser, você mesmo, um exemplo a ser seguido na sua família, no seu trabalho, na sua comunidade.

Acredito que não é possível mudar um país sem mudar seus cidadãos.

Rachel Sheherazade, escritora. Como foi para você receber o convite da Mundo Cristão e entrar para o hall de autores no ano do cinquentenário da editora?

O convite da Editora Mundo Cristão foi uma grata surpresa. Desde criança sonhava em me tornar escritora.

Escrevi meus primeiros livros aos nove anos de idade. Escolhi minha profissão de jornalista influenciada pela minha paixão pela literatura.

Então, o convite foi a realização de um grande sonho que eu julgava esquecido, superado.

Saiba Mais:

Veja como foi o lançamento de “O Brasil tem cura” em SP

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