Reflexão para quem deseja viver em novidade de vida
Hoje, você é uma pessoa diferente, já não é inconsequente, dado à loucura, desrespeitoso e soberbo. Você mudou, se converteu, é uma nova criatura, alguém que deseja somar. Seu coração está preenchido com o amor de Cristo, que é seu Salvador e fonte de genuína alegria. Você está, por fim, feliz.
Mas há algo…
Embora reconheça o valor de seu testemunho pessoal, lá no fundo, na profundidade que somente você e Deus conhecem, ainda cala uma vergonha: a vergonha de seu passado. Você o detesta — e com razão. O que mais o incomoda é que sempre há alguém que insiste em trazer para a roda de conversa algo sobre quem você foi, fez e disse. Você gostaria de não ter de se preocupar com esse tipo de situação; queria ser como aquelas pessoas aparentemente perfeitas. Você se compara, se angustia e se retrai. O que fazer?
Ajuste o foco
Como lidar com um passado que gostaríamos de apagar? Com encarar os resquícios de um estilo de vida que já não nos representa? O pensamento a seguir pode ajudar. E ele é o seguinte: “Mantenha o foco na fidelidade de Deus e seja agradecido”.
Pense em sua atual realidade:
Hoje, você tem um hino de vitória nos lábios, um cântico de ação de graças ao Bom Pastor que sentiu sua ausência, o procurou, alcançou e limpou, tornando-o receptor de graça e amor infinitivos. Jesus está feliz em tê-lo por perto.
E, quando a encontrar, ele a carregará alegremente nos ombros e a levará para casa.
Quando chegar, reunirá os amigos e vizinhos e dirá: ‘Alegrem-se comigo, pois encontrei minha ovelha perdida!’.
Mais satisfação, menos comparação
Concentrar-se no que Deus fez, faz e fará por você é o lhe dará melhor perspectiva quanto à sua história; não angustiar-se por não ter tido um passado diferente, não comparar-se negativamente com os demais. De fato, suas experiências formam parte de um enredo único de redenção, perdão e transformação. Sua biografia é, sim, uma história que pode abençoar muitos, trazendo-lhes esperança.
No livro O mito da perfeição, Richella J. Parhan, alguém que enfrentou sérias lutas relacionadas à autoestima e à superação de lembranças dolorosas, dedica um capítulo ao tema “fazendo as pazes com o passado”. Nele, a autora compartilha seu processo de cura emocional e crescimento espiritual ao reconhecer as bênçãos de Deus ao logo de sua trajetória.
Conte suas bênçãos
De acordo com Richella, examinar o passado para contar suas bênçãos lhe revelou que algumas dádivas chegaram a ela por causa das dificuldades e tristezas que vivenciou durante os anos, e não a despeito delas. Reconhecer essas bênçãos, anotá-las e dar graças por elas lhe ofereceu uma nova maneira de olhar para o mundo — uma perspectiva muito necessária da gratidão.
“A verdade é que a maioria de nós carrega consigo uma história pessoal complicada. Nossa vida nem sempre foi como esperávamos ou sonhávamos. Muitos de nós enfrentamos sofrimentos maiores ou menores. […]
“Para todos nós, aceitar nossa história pessoal, fazer as pazes com o passado, é um passo importante para progredir na tarefa de nos livrarmos das comparações. Essa liberdade é descrita de maneira excelente pelas palavras de Peter Scazzero: ‘A verdadeira liberdade surge quando não necessitamos mais ser alguém especial aos olhos dos outros, pois sabemos que somos dignos de amor e bons o bastante’”.
Coragem para brilhar a luz de Cristo
Para Richella J. Parham, “saber que Deus redime até as circunstâncias mais difíceis nos mune de coragem para seguirmos em frente”, nossa perspectiva e nossa percepção mudam ao vermos o passado pela ótica do entendimento de que somos os filhos amados de Deus, criados para manter um relacionamento com Deus e com outras pessoas. Ciente dessas verdades, caminhe na realidade da redenção que foi oferecida a você. Mantenha a perspectiva em Deus, que transformou sua vida e mudou sua história.
Siga de cabeça erguida, com autoestima ajustada e coragem. Você pode fazer as pazes com seu passado porque Deus já fez as pazes com você. Prossiga em novidade de vida e conte suas bênçãos. Você é alguém com uma mensagem especial aqui neste mundo e tem boas obras que devem brilhar.
Leia também:
Liberte-se da exaustiva prática da comparação