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Evidências arqueológicas e fatos da Bíblia

Saiba como a Arqueologia tem contribuído para validar a história hebraica e explicar muitas tradições e termos outrora obscuros tanto no AT como no NT

Conteúdo extraído da Bíblia de Estudo NVT

Nos últimos dois séculos, a arqueologia fez inúmeras descobertas, tanto de artefatos como de textos do antigo Oriente Próximo. Cada item encontrado tem de ser situado dentro de um contexto histórico mais amplo e, quando relevante, correlacionado cautelosamente com o conteúdo bíblico. 

Materiais arqueológicos devidamente identificados e interpretados podem ilustrar, esclarecer, explicar, confirmar ou confrontar o texto bíblico. Esses mesmos artefatos e textos, contudo, não podem ser usados no âmbito teológico para “provar” as asserções espirituais, religiosas ou exegéticas das Escrituras. No entanto, esses materiais podem confirmar certas perspectivas históricas e afirmações dos textos bíblicos e lhes conferir plausibilidade. É cabível dizer quer a arqueologia valida a história hebraica e explica muitas tradições e termos outrora obscuros tanto no AT como no NT. Logo, proporciona um contexto autêntico para as profecias que culminam com Jesus Cristo.

O desenvolvimento da Arqueologia Bíblica

A arqueologia moderna no antigo Oriente Próximo teve início quando Napoleão levou para o Egito (1798) uma equipe de especialistas para registrar as maravilhas antigas daquela terra. Esses estudiosos encontraram a Pedra de Roseta (1799), que, de maneira inesperada, forneceu a chave para decifrar os hieróglifos egípcios (1819, 1822). Abriram-se, desse modo, as comportas para um interesse maior pelas maravilhas do antigo Oriente Próximo e para a forma como poderiam esclarecer a Bíblia, o artefato religioso, literário e histórico mais importante do antigo Oriente Próximo. 

Em 1845, o acádio (língua da antiga Babilônia) foi decifrado com o uso da Inscrição de Behistun (518 a.C.), que, como a Pedra de Roseta, trazia o mesmo texto em três línguas. Em pouco tempo, várias outras línguas foram decifradas.

A partir desse ponto, a arqueologia do antigo Oriente Próximo se desenvolveu e atraiu a atenção do mundo inteiro. Relatos da criação e do dilúvio, documentos legais, civilizações e línguas antigas, sistemas religiosos e teológicos, rituais de sacrifício, tabernáculos, templos, palácios, literatura sapiencial, alianças e suas formas e rituais, relatos de guerras e de nascimentos, listas de reis, paralelos proféticos de culturas pagãs e muito mais fascinaram arqueólogos, estudiosos e caçadores de tesouros.

No início, as descobertas mais relevantes foram realizadas pelos caçadores de tesouros que, com seus métodos desorganizados, causaram a destruição de importantes sítios arqueológicos. O estudo científico dos antigos tels (camadas de terra e restos de civilizações compactados em forma de montes ao longo de milênios) teve início na Palestina em 1890, quando Flinders Petrie adotou os mesmos métodos usados para escavar Troia e desenterrou e estudou os diversos estratos (camadas de ocupação) de uma cidade. 

Essa abordagem à arqueologia na Palestina se desenvolveu ainda mais à medida que foram surgindo técnicas, ferramentas e formas de registro apropriadas. Hoje, emprega-se uma combinação de métodos, incluindo levantamentos de superfície e fotografias aéreas, para obter informações a respeito de regiões inteiras.

A contribuição da Arqueologia Bíblica

Diversos textos e artefatos do antigo Oriente Próximo contribuíram para o trabalho de estudiosos de compor — de modo mais amplo e, em alguns casos, em detalhes — um cenário cultural e histórico para o período de vários séculos que o AT abrange. Textos e artefatos antigos nos ajudam a enxergar o AT em seu contexto mais amplo e entender melhor sua história, suas qualidades literárias e até mesmo suas perspectivas teológicas. 

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Em princípio, arqueólogos não têm interesse específico algum em “provar a veracidade” das Escrituras. De fato, por vezes é difícil conciliar interpretações de dados arqueológicos com evidências das Escrituras. Esses conflitos, porém, são poucos e costumam ser reduzidos consideravelmente quando se obtém mais informações. A grande quantidade de materiais do antigo Oriente Próximo torna a confiabilidade do AT inquestionável.

 “A grande quantidade de materiais do antigo Oriente Próximo torna a confiabilidade do AT inquestionável.”

Esses materiais arqueológicos originais mostram a participação do povo de Israel no antigo Oriente Próximo. Vemos os homens e as mulheres das Escrituras como pessoas reais, influenciadas por sua era, lidando com os problemas da vida. E, de tempos em tempos, temos um vislumbre do Deus todo-poderoso e santo, que conduz o destino de indivíduos e nações e realiza seus propósitos na história. 

Textos e artefatos antigos mostram que Israel tinha estruturas sociais e cosmovisões semelhantes às das culturas vizinhas. Esses mesmos textos e artefatos, porém, mostram nítidos contrastes entre o povo de Israel e o mundo no qual eles viviam, pois Israel se relacionava com o Senhor, o Deus único e verdadeiro, e não adorava muitos deuses como faziam as nações ao redor. 

A fé no Senhor e as experiências com ele tornaram Israel singular no mundo antigo, uma singularidade que se destaca de modo nítido e vibrante por meio dos textos e artefatos do antigo Oriente Próximo.

Fonte: Bíblia de estudo Nova Versão Transformadora. 1. ed. — São Paulo: Mundo Cristão, 2018, pág. 10.

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