Saiba mais sobre essa curiosa questão ao ler a segunda parte de nossa entrevista com John Cortines e Gregory Baumer, autores de “Deus e o dinheiro”
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Por que a doação e a generosidade podem ser atitudes altamente benéficas em nossa relação com o dinheiro? Quais resultados elas podem produzir?
Doação e generosidade são atitudes benéficas por várias razões: Primeiro, o próprio Deus é doador (Jo 3.16). Dessa forma, quando doamos, refletimos seu caráter.
Segundo, a generosidade é uma das muitas virtudes que as Escrituras ensinam para nos ajudar a nos tornar mais semelhantes a Cristo.
Terceiro, Deus nos delega parte do trabalho de renovação de seu reino aqui na terra, e a generosidade é uma maneira de conseguirmos isso. Quando o fazemos, estabelecemos um relacionamento mais próximo com nossos irmãos e irmãs em Cristo e experimentamos grande alegria.
Falar em doação pode ser algo especialmente delicado para quem enfrenta dificuldades financeiras ou vive em contextos mais limitados. Nessas circunstâncias, é possível praticá-la? Se sim, como?
Doar é absolutamente importante, independentemente do nível de renda ou riqueza. Nas Escrituras, os personagens envolvidos tinham muito menos do que temos agora na economia moderna, mas veja como Deus os chamou para serem generosos! Deus não está interessado no tamanho de nossa doação, mas na postura de nosso coração. Ele quer nos liderar e ensinar. Dessa forma, deseja que experimentemos a alegria da generosidade.
Deus é um doador. Quando doamos, se somos ricos ou pobres, estamos vivendo à imagem de Deus. E isso traz grande satisfação.
Na obra, vocês definem o termo “riqueza” de forma bastante interessante. Poderiam falar um pouco acerca da concepção bíblica de riqueza e sobre como ela difere do conceito secular, comumente absorvido por muitas pessoas?
Acreditamos que o maior equívoco do mundo secular é pensar que o dinheiro e a riqueza pertencem a nós. Isso simplesmente não é verdade! Tudo o que temos vem de Deus, pertence a ele e deve ser usado para seus propósitos. (Isso inclui nosso tempo, talentos, etc., além de nosso dinheiro).
A reformulação do nosso relacionamento com o dinheiro como “mordomos”, em vez de “donos”, oferece uma tremenda liberdade no que se refere ao estresse, ao medo e à ansiedade, porque percebemos que nosso objetivo é simplesmente usar os recursos que Deus nos dá para sua glória.
Existe um ponto de equilíbrio em relação ao ato de doar? De que forma conciliá-lo com atitudes como poupar e investir?
Sim, existe um equilíbrio. Deus quer que sejamos generosos, mas também nos chama para cuidar de nossa família (1Tm 5.8) e economizar sabiamente para o futuro (Pv 21.5; 24.27). É possível que alguém “dê demais”, de forma que não possa atender às necessidades de sua casa. Mas não conhecemos ninguém que realmente tenha feito isso!
Nossa cultura é tão materialista, que é muito mais provável que fiquemos desequilibrados com nossos gastos ou economias, não com nossas doações. Dito de outra forma, suspeito que pouquíssimas pessoas de hoje chegarão ao céu para ouvir Deus dizer: “Vocês deram demais!”
Dentre as descobertas que fizeram, qual foi a mais emblemática e reveladora no tocante à mordomia cristã e seus frutos?
Com relação à doação, descobrimos que Deus não quer algo de nós; ele quer algo para nós. Além disso, reconhecemos que a oportunidade de se tornar um doador é um presente de Deus que traz grande alegria, liberdade e senso de propósito para nossa vida.
O que os leitores podem esperar de Deus e o dinheiro?
Uma análise profunda do ensino bíblico sobre o dinheiro; histórias inspiradoras de cristãos generosos e ideias muito práticas sobre como aplicar diversos princípios no dia a dia.
Qual mensagem dariam ao público brasileiro?
Estamos muito felizes por saber que Deus e o dinheiro foi traduzido para o português. Que presente do Senhor! Que ele seja glorificado na vida de vocês e por sua generosidade, ao passo que caminham fielmente com ele. Esperamos que a obra os abençoe em sua jornada com Jesus Cristo.•
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