Tente entendê-lo e abra os canais de comunicação para que ele se sinta à vontade com você
Por Kevin Leman em Transforme seu adolescente até sexta
Imagine que seu filho de 16 anos está sentado à mesa do jantar certa noite, e ele solta:
— Quando eu tiver 21 anos, vou dirigir um Corvette.
O que a maioria dos pais, naquele frenesi alimentar depois de um longo dia no trabalho, diz?
— Bem, então é melhor você se matar de estudar, pois vai precisar de boas notas para conseguir um trabalho decente e assim poder comprar esse Corvette.
E o que a mamãe diria?
— Oh, me desculpe, querido, mas o que é um Corvette?
Uma tia minha tinha uma coisa chamada Corvair. Ou era minha avó?
(Sim, e meu primo possuía um Xô-vete — um Chevette — quando começou a dirigir também.)
Alguém se admira de que esse garoto fique ali sentado pelo resto do jantar, de braços cruzados,
e dando um grunhido ocasional à conversa restante, deixando que se desenvolva sem ele?
Ele está pensando “Tanto faz!”. O jantar, para ele, se tornou um evento do tipo “aguente mais um pouco; logo acaba”.
Mas e se, em vez disso, o pai descolado respondesse assim ao comentário do filho:
— Uau, um Corvette. Seria muito legal. Que tipo de Corvette?
O comum com transmissão automática ou o ZR1 com seis marchas manuais? E de que cor? Com que opcionais? […]
Agora você está se envolvendo com seu adolescente, ou seja, nivelando o campo de jogo e revelando que os sonhos, as ideias, os pensamentos e a vida dele têm valor para você, que são um tema interessante de conversa que a família inteira pode compartilhar.
O que dizer quando eles reclamam do jantar
Adolescente: Mãe, frango de novo? Eu odeio frango.
Mãe tradicional chocada e decepcionada: Mas na semana passada você adorava frango. Você comeu quatro pedaços no jantar. Você está sempre dizendo que adora o frango da tia Harriet. É seu prato favorito.
Mãe transforme seu adolescente até sexta: Querido, o que você gostaria de comer no jantar algum dia da semana que vem ou da outra? Que jantar seria, para você, o máximo dos máximos?
Adolescente (assustado): Ah, sei lá. Eu ia querer… hum, ia querer… costelinha.
Mãe: Tudo bem, vou anotar aqui. Costelinha. O que mais?
Adolescente (ainda assustado com o rumo dos acontecimentos): Hum, purê de batatas.
Mãe: Purê de batatas normal ou com alho?
Adolescente: Com alho.
Mãe: Legal, já anotei. Algo mais? Algo especial para a sobremesa?
Por que o pai ou a mãe deveriam responder dessa maneira?
Porque o adolescente precisa saber que alguém em casa se importa o suficiente para ouvir o que ele diz, mesmo se o que ele diz às vezes seja idiota ou mude rapidamente de uma semana para outra, ou mesmo de uma hora para outra.
O importante é deixar seu filho com uma impressão diferente, duradoura, de que ele tem muita importância em sua família. Você não gostaria de ser tratado da mesma maneira?
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Fique por dentro!
Quem é Kevin Leman?
Kevin Leman é um autor e psicólogo internacionalmente reconhecido.
Fez pós-graduação e doutorado em Psicologia Clínica na Universidade do Arizona (EUA) e é fundador e presidente de Couples of Promise, uma organização que tem por objetivo ajudar casais a permanecerem com um relacionamento sólido e feliz.
Suas afiliações profissionais incluem a Associação Americana de Psicologia, a Federação Americana de Artistas de Rádio e Televisão, o Registro Nacional de Provedores de Serviços de Saúde Psicológica e a Sociedade Norte-Americana de Psicologia Adleriana.
Uma autoridade quando o assunto é comportamento e família.
Conhecido por seu bom humor e praticidade, Kevin é autor best-seller do New York Times e já escreveu mais de 30 livros de sucesso sobre temas relacionados à vida conjugal e familiar, paternidade e desenvolvimento pessoal.
Entre eles, figuram as obras: Transforme seu filho até sexta, O sexo começa na cozinha e Mais velho, do meio e caçula, publicados no Brasil pela Mundo Cristão.
Casado há mais de 44 anos com Sande Leman e pai de 5 filhos, vive em Tucson, Arizona.