Uma série de reflexões para quem deseja recuperar a alegria de ir à casa do Senhor
Desanimado com a igreja… desiludido com os irmãos, você se sente assim?
Talvez você tenha chegado até este artigo justamente porque busca orientação para lidar com esse sentimento que o deixa angustiado. Por algum motivo, ir à igreja — algo de que sempre gostou — já não lhe traz a mesma alegria: pessoas e situações o desapontaram de tal modo que a igreja hoje lhe parece um lugar hostil, um ambiente de gente hipócrita. Você está triste e confuso.
Quem vive situação como a descrita acima precisa de ajuda. Alguns casos exigem até mesmo acompanhamento profissional, a fim de auxiliar a pessoa que sofre a superar adequadamente um possível trauma. Não é nosso objetivo substituir a consulta a um profissional qualificado se sua prostração se estende no tempo.
Na série “Desanimados com a igreja”, compartilhamos breves reflexões para que você encontre alento e esperança, saiba pedir socorro, reavive a vida espiritual e recupere a alegria de estar na casa do Senhor. Não esgotaremos tudo em um único artigo. Sinalizaremos rotas. Caminharemos passo a passo.
Neste primeiro artigo, chamamos sua atenção para o fato de que nem sempre as pessoas que se dizem religiosas se comportam como deveriam. É uma constatação realmente chata, mas inegável. Ter isso em mente o ajudará a ver as circunstâncias com lentes mais realistas. Queremos animá-lo a não permitir que o comportamento contraditório de alguns ofusque sua vida de serviço e comunhão com Deus e seu povo. Reflitamos juntos.
Não concentre sua atenção em quem não é referencial de conduta
Se você se decepcionou com o comportamento de alguém que deveria ser exemplo, mas não é, enxergue a situação como um caso específico, não generalize. Tal pessoa não reflete o estilo de vida cristã desejado por Deus.
Infelizmente, nem sempre pessoas ou líderes que se dizem religiosos ou religiosas agem de acordo com a fé que professam, seja porque são seres humanos suscetíveis ao pecado como todos os outros, seja porque são meramente “profissionais da fé”. É possível ainda que a contradição deles e delas seja reflexo de imaturidade ou da falta de comunhão com Deus.
Servos fiéis existem
Existem, sim, homens e mulheres de Deus idôneos e fiéis aos valores cristãos, comprometidos com o reino e obedientes à Palavra. Eles são como aqueles sete mil que não dobraram os joelhos a Baal. Você se lembra da história?
Elias está desiludido e pensa que está sozinho em seu zelo pelo Senhor. Deus intervém e lhe faz entender que há sete mil de Israel que não se corromperam (1Rs 1.14-21). Nas entrelinhas do relato, podemos constatar que o Todo-poderoso conhece cada um dos que o servem com integridade. Deus sabe quem é joio e quem é trigo. Quem é lobo e quem é ovelha. Quem obedece e quem desobedece. Deus vê o íntimo de cada pessoa.
“O Senhor não vê as coisas como o ser humano as vê. As pessoas julgam pela aparência exterior, mas o Senhor olha para o coração” (1Sm 16.7, NVT).
Jesus disse: “Vocês serão meus amigos se fizerem o que eu ordeno” (Jo 15.14); e declarou: “No dia do juízo, muitos me dirão: ‘Senhor! Senhor! Não profetizamos em teu nome, não expulsamos demônios em teu nome e não realizamos muitos milagres em teu nome?’. Eu, porém, responderei: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que desobedecem à lei!’” (Mt 7.22-23) Ninguém engana a Deus.
Portanto, separe bem as coisas: Deus continua sendo Deus, puro, santo e bom. A Bíblia continua sendo a Bíblia, a vontade do Pai revelada, boa, agradável e perfeita. A igreja continua sendo a noiva de Cristo, a comunidade de santos que viverão a eternidade com o Senhor. No que compete a você faça isto: mantenha-se fiel a Jesus, sirva-lhe com fidelidade e não permita que o mau testemunho de alguém roube seu amor a ele, sua casa e seu povo. Mantenha-se íntegro na caminhada até o fim.
Livros da MC que podem edificá-lo em meio a esta situação:
Feridos em nome de Deus, obraescrita pela jornalista Marília de Camargo César, um sucesso de nosso catálogo que traz relatos de homens e mulheres que se desiludiram após serem vítimas de abuso emocional no âmbito da igreja. Você pode conhecer mais da obra ao clicar aqui: “Entrevista com Marília de Camargo César”.
Até que sejamos um, escrito por Francis Chan, traz um convite a cessar os desentendimentos que afastam as pessoas da igreja de Cristo. Na obra, Chan mostra como o povo de Deus tem falhado ao comunicar o amor de Jesus ao mundo, em especial aos da família da fé, e traz uma mensagem de esperança para que os cristãos possam reverter esse quadro.
Perdão total na igreja. Na obra, Maurício Zágari, jornalista, escritor e teólogo, aborda questão do sofrimento que é causado dentro da igreja e pela igreja. Com profunda honestidade e gentileza, aponta um caminho de cura, restauração e paz, oferecendo o bálsamo que as Escrituras apresentam para quem deseja superar a mágoa, o ressentimento e a decepção.Tome uma posição, um relato emocionante escrito por Russell Moore, uma das principais lideranças cristãs nos Estados Unidos, que vivenciou uma acentuada crise espiritual por causa de contradições que presenciou em alas da igreja. Em meio ao momento sombrio, Russell perdeu as esperanças, mas encontrou na cruz de Cristo forças para prosseguir. Clique aqui e leia nossa resenha da obra.
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