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Atentos às armadilhas da infidelidade conjugal – Parte 2

Confira a segunda parte da entrevista com Josué Gonçalves

Para acessar a primeira parte deste conteúdo especial, clique aqui.

Quais recomendações daria aos casais no intuito de ajudá-los a ficar prevenidos contra ciladas e tentações que podem acometê-los na caminhada?

Todo pecado é precedido por uma tentação, e a infidelidade conjugal não é diferente.

Para se manter fiel ao cônjuge, é necessário que marido e mulher aprendam a vencer a tentação antes de vencer o pecado.

Algumas dicas importantes:

Primeira: Jesus disse: “Vigiem e orem para que não cedam à tentação, pois o espírito está disposto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).

As nossas vitórias ou derrotas na vida são determinadas na mente, por isso temos que vigiar os nossos pensamentos.

Nossas ações são determinadas por aquilo que domina nosso coração (Fp 4.8); segunda: o melhor momento para vencer a tentação é quando ela começa, por isso Jesus disse que o adultério nasce no coração e ali já constitui pecado.

Quem batalha no coração e confessa as tentações fica longe do pecado físico; terceira, o casal precisa construir um ambiente de confiança e transparência onde os dois possam confessar as tentações.

Casais que levam a Palavra a sério,

procuram andar na luz e prestam conta um para o outro; quarta: o casal precisa colocar limites no celular, no uso das redes sociais, no carro, em casa e no trabalho.

A Bíblia diz: “Eu, a Sabedoria, moro com a prudência; sei onde encontrar conhecimento e discernimento” (Pv 8.12).  

E para quem está envolvido com a infidelidade e o adultério, quais conselhos daria?

A Bíblia diz: “Quem oculta seus pecados não prospera; quem os confessa e os abandona recebe misericórdia” (Pv 28.13).

O caminho para a libertação do pecado de adultério passa pelo arrependimento, ou seja, é necessário reconhecer o pecado, sentir tristeza pelo pecado, confessar e abandonar o pecado.

Jesus mesmo,

quando fala acerca do adultério em Mateus 5.29, apresenta a saída: “Se o olho direito o leva a pecar, arranque-o e jogue-o fora.

É melhor perder uma parte do corpo que ser todo ele lançado no inferno”.  A saída é cortar, evitar, romper, terminar, se afastar de toda e qualquer possibilidade de pecar novamente.

O problema é o celular?

Compre um dumbphone. É o WhatsApp? Troque o número e comece de novo. É o Facebook? Encerre a conta. É o colega de trabalho? Peça transferência ou demissão.

É o vizinho?

Mude de endereço. Todas as contas devem ter senhas conhecidas pelo cônjuge. O casal precisa prestar contas um ao outro, e de preferência ter um casal de mentores. Corte, sem pena do pecado!

Para concluir:

se você está envolvido com a infidelidade e o adultério, saiba que está em uma situação muito, mas muito difícil mesmo. Confesse o seu pecado a Deus, ao cônjuge e ao pastor.

Aguente o tranco, pois as consequências serão dolorosas. Seja valente e não recue. Corte suas relações com a amante. Seja firme e duro. Não tenha pena dela.

Tenha pena da sua esposa e faça o que a sua esposa pedir, como fez Abraão quando “Deus, porém, lhe disse: ‘Não se perturbe por causa do menino e da serva.

Faça tudo que Sara lhe pedir,

pois Isaque é o filho de quem depende a sua descendência’” (Gn 21.12). Foi assim que Abraão ficou somente com a sua esposa, Sara.

Faça acompanhamento, preste contas e Deus há de restaurar o seu casamento, apesar de você ter pisado na mina explosiva do adultério. Deus é poderoso para transformar o mal em bem.


Existe a possibilidade de cura para casais vitimados por esse mal? Quais passos dar?

A cura passa necessariamente pelo perdão. Quando há predisposição para pedir perdão e perdoar, a graça de Deus cura e restaura. Porém, é necessário que o casal compreenda que esse processo tem suas fases.

A cura da ferida provocada pelo adultério não acontece de uma hora para outra, requer tempo. É muito importante que o casal seja acompanhado por conselheiros experientes que possam cuidar e orientá-los durante o processo de cura e restauração.

No meu canal no YouTube eu trato em diversos vídeos sobre esse assunto, mas posso assegurar que há cura, sim. Tudo é possível ao que crê.

Nosso Deus é especialista em tornar o mal em bem e em usar as coisas loucas do mundo para mostrar o seu poder.

Mesmo assim,

quem adulterou precisa levar a sério o pecado. Nada de tentar minimizar ou desculpar o adultério culpando o outro.

Aprenda a assumir 100% da culpa, como fez o rei Davi: “Pequei contra ti, somente contra ti; fiz o que é mau aos teus olhos. Por isso, tens razão no que dizes, e é justo teu julgamento contra mim” (Sl 51.4)

Aceite a dor e o sofrimento causados pelo seu pecado. Não reclame do ciúme do cônjuge traído, não reclame das cobranças.

Através da decisão de só dizer a verdade, concentre-se em reconquistar a confiança que ficou em frangalhos.

Volte a relacionar-se profundamente com Deus, dependa do Espírito Santo e creia que ele fará a obra. Dedique-se a curar o seu cônjuge, a quem você “aleijou”.

Para quem foi traído,

saiba que o desejo de mudar é primeiro passo da mudança e uma prova de amor. Perdoe e aguarde que seu cônjuge reconquiste a sua confiança.

Facilite, controle o seu ciúme e dependa de Deus, que é o único que pode mudar o coração do arrependido.

Deus há de fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos. Tenha ânimo, pois o Senhor é maior que o pecado do seu cônjuge.

Uma mensagem final aos leitores.

O mundo pinta o adultério como um mal menor, um detalhe que acontece a todos. Porém, a Palavra de Deus aponta tal pecado como uma catástrofe.

Aceitar as mentiras do mundo é o primeiro passo para o desvio. Escolha seus filmes, livros e amigos com cuidado.

Atenha-se ao seu relacionamento com Deus. Faça da paz o seu termômetro e não se afaste da comunhão com o Corpo de Cristo.

Mantenha o relacionamento sempre agradável e romântico. Faça das pressões externas pretexto para se unir mais ainda.

Seja humilde, confesse, peça perdão e perdoe sempre.

Lembre-se:

os votos que fizemos no dia da cerimônia do nosso casamento são testados a todo momento na vida conjugal.

São votos que nos lembram de viver de acordo com os valores estabelecidos na Palavra de Deus. Quem ainda se recorda do: “prometo te amar…”? Amar, antes de ser um sentimento, é um mandamento e uma decisão.

Decisão de ser fiel à promessa que fez no dia do pacto, e isso tem a ver com integridade de caráter.

Não basta amar, é preciso ser íntegro na convivência com o cônjuge, ter lealdade até que a morte os separe. Que o Senhor abençoe o seu casamento, hoje e sempre! 

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