Alvo de polêmicas, obra traz à tona debate sobre a qualidade da informação transmitida na série
Recentemente lançada pela Netflix, a série 13 Reasons Why (Os 13 Porquês, em português), obra baseada no homônimo escrito por Jay Asher,
tem sido alvo de polêmicas e discussões entre profissionais da saúde e da educação.
A trama trazida às telas pelo premiado dramaturgo Brian Yorkeye com produção executiva realizada pela estrela pop Selena Gomez traz a história de Hannah Baker (Katherine Langford) jovem que se suicida após enfrentar diversos reveses no contexto de uma High School americana.
Antes de sua morte, a garota prepara treze fitas cassetes que são enviadas postumamente aos supostos responsáveis pelo desfecho trágico dos acontecimentos.
O principal receptor das mensagens de Hannah é Clay Jensen (Dylan Minnete), um dos protagonistas da série. Rodeada de tensão e mistério,
a produção logo alcançou sucesso de audiência ao retratar a realidade muitas vezes hostil entre os adolescentes e ao trazer assuntos como bullying, assédio, machismo e suicídio à tona.
Apenas no Brasil, conforme apontam informações do Centro de Valorização da Vida (CVV), acontecem 25 casos de autoextermínio por dia. De todas as ocorrências, 90% poderiam ser evitadas.
Embora os produtores da série defendam o argumento de que a produção tem como principal objetivo conscientizar os espectadores acerca dos perigos que rondam a temática do suicídio,
há quem veja em 13 Reasons Why um desserviço à sociedade,
principalmente pelo erro de romantizar um tema tão delicado como esse, o que pode colocar em risco pessoas em situação vulnerável.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 800 mil pessoas se suicidam por ano em todo o mundo, uma a cada 40 segundos,
parte desse contingente é formado por jovens entre 15 e 29 anos.
Apenas no Brasil, conforme apontam informações do Centro de Valorização da Vida (CVV), acontecem 25 casos de autoextermínio por dia.
De todas as ocorrências, 90% poderiam ser evitadas.
Polêmicas à parte, séries como 13 Reasons Why descortinam uma realidade preocupante e que diz respeito a todos.
É preciso que estejamos atentos àqueles que estão ao nosso redor para prestar socorro em tempo oportuno e oferecer esperança para quem está passando momentos de dificuldade.
Pais e responsáveis devem cuidar para que seus filhos expressem possíveis hostilidades ou crises que estejam enfrentando,
principalmente no ambiente escolar. (Clique aqui e veja matéria especial sobre prevenção do suicídio)
Ainda em sua primeira temporada e sem definição de uma continuação para a trama,
a obra promete despertar muitos debates entre quem a aprovou e a viu como um instrumento de conscientização ou quem a julgou como algo nocivo aos espectadores.
Longe de haver um consenso a respeito, é necessário ter em mente que é preciso cuidado com o que é transmitido como entretenimento,
principalmente quando o principal público-alvo é justamente aqueles que estão em fase tão delicada como a adolescência.
Aliás, qual é a sua opinião sobre a série?
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