Não enxergue os tropeços da caminhada como um ponto final. Levante-se, avance para o melhor de Deus!
Por Stephen Arterburn em Bíblia de estudo: desafios de todo homem
Ele começou com todos os contatos corretos. Sua mãe era proeminente na igreja de Jerusalém, e sua casa espaçosa era um lugar de encontro de parte da grande congregação. O apóstolo Pedro foi primeiramente à porta dela depois de sua fuga miraculosa da prisão (At 12).
Seu primo era o gentil e respeitado Barnabé, doador de fundos provenientes da venda de propriedades para a igreja, “homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (11.24).
Diante disso,
não foi surpresa que, no momento em que Barnabé e Paulo foram separados pelos cristãos de Antioquia para uma nova e histórica empreitada no mundo mediterrâneo, “tinham também João [Marcos] como auxiliar” (13.5).
Contudo, por alguma razão, durante as semanas seguintes, tudo isso mudou. As Escrituras não nos dizem como nem por quê. Pode ser que a travessia em mar aberto até Chipre tenha sido assustadora.
Talvez o jovem tivesse se irritado com o papel secundário que seu parente estava assumindo diante do sucesso do ministério de Paulo. Qualquer que tenha sido a causa, João Marcos cometeu o erro de sua vida. “João, porém, apartando-se deles, voltou para Jerusalém” (13.13).
Não sabemos o que ele disse antes de partir,
mas sabemos que sua inutilidade ficou gravada na memória de Paulo. Dois anos depois,quando Paulo e Barnabé começaram a planejar sua segunda grande viagem pelo exterior, os dois discutiram sobre a questão de incluir João Marcos novamente na equipe.
Barnabé queria levá-lo junto, mas Paulo se recusou categoricamente, mencionando a deserção anterior como razão para deixar o jovem para trás. Os dois missionários discordaram de tal modo que terminaram se separando: Barnabé levou João Marcos para Chipre e Paulo trocou Barnabé por Silas.
Ele cometeu o erro de sua vida – mas foi adiante e desempenhou um papel vital na vida da igreja.
Depois dessa forte rejeição por parte do apóstolo Paulo, será que a carreira de João Marcos ficaria condenada para sempre? A igreja lhe daria alguma outra chance? Deus lhe daria?
Para encontrar a resposta, precisamos avançar quinze anos no tempo. Paulo estava agora escrevendo de uma prisão romana. Seus dias de viagens haviam acabado; ele dependia de sua pena e de seus colegas para exercer o ministério. O apóstolo escreveu:
“Saúda-vos Aristarco,
prisioneiro comigo, e Marcos, primo de Barnabé (sobre quem recebestes instruções; se ele for ter convosco, acolhei-o)” (Cl 4.10).
Paulo também enviou esta mensagem a Filemom: “Saúdam-te Epafras, prisioneiro comigo, em
Cristo Jesus, Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores” (Fm 23-24).
E, na nota final que escreveu a Timóteo,
provavelmente apenas algumas semanas antes de sua execução, fez o seguinte pedido: “Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério” (2Tm 4.11).
João Marcos foi de parceiro de ministério rejeitado a alguém de grande valor. Que transformação!
Mas a maior evidência de sua restauração ainda estava por vir. Foi ele — o mesmo considerado um dia indigno de confiança — quem escreveu um dos quatro evangelhos, um relato instigante e cheio de ação da vida de nosso Senhor. Desse modo, seu lugar na história foi garantido para sempre.
Moral da história: Erros iniciais não precisam se transformar numa sentença definitiva.
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Ele é um trecho da Bíblia de estudo: desafios de todo homem. A obra homem combina uma série de conteúdos criados para atender de maneira efetiva as demandas que atingem o público masculino. Temas como: responsabilidade e caráter, casamento e família, carreira e trabalho, vida sexual, criação de filhos, entre outros, são abordados de forma curiosa e sob medida por meio de estudos, devocionais, resumos e explicações diversas. Um verdadeiro arsenal de informações para quem quer vencer os desafios da masculinidade.
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