Um Deus que ama de forma consistente produz fielmente discípulos livres e confiantes
Por Brennan Manning em “O evangelho maltrapilho”
Uma mulher casada de Atlanta, com dois filhos pequenos, disse-me recentemente que estava certa de que Deus estava desapontado com ela por não estar “fazendo nada” por ele.
Ela contou-me que sentia-se chamada para participar de um ministério de assistência que oferecia um “sopão”, mas hesitava em deixar os seus filhos aos cuidados de outra pessoa.
Ela ficou chocada quando eu lhe disse que o chamado não provinha de Deus, mas do seu próprio e arraigado legalismo. Ser uma boa mãe não bastava para ela. No julgamento dela, também não bastava para Deus.
De modo semelhante, uma pessoa que pensa em Deus como um canhão à solta lançando panfletos aleatórios para nos informar sobre quem está no comando irá tornar-se temerosa, egoísta e provavelmente inflexível em suas expectativas a respeito dos outros.
Se o seu Deus é uma força cósmica e impessoal, sua religião será necessariamente evasiva e vaga. A imagem de Deus como um brutamontes onipotente que não tolera qualquer intervenção humana cria um estilo de vida rígido governado por leis puritanas e dominadas pelo medo.
Mas a confiança no Deus que ama de forma consistente produz fielmente discípulos livres e confiantes. Um Deus amoroso fomenta um povo amoroso.
“O fato de que nossa visão de Deus molda nossa vida em grande parte pode ser uma das razões pelas quais a Escritura atribui tanta importância a buscar conhecê-lo”¹.
¹Brennan Manning cita: Peter Van Breemen. Certain as the dawn. Denville: Dimension Books, 1980, p.13.