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Cinco novas tendências do Mercado Editorial

Mais relacionamento com o leitor, interatividade e tecnologia permeiam as mudanças do setor. Confira!

Uma boa estratégia para buscar melhoria contínua é aprender com quem já conquistou o que você almeja. Na Mundo Cristão desejamos evoluir constantemente para melhor servir aos nossos leitores. Por isso fazemos benchmarking sempre, comparando nossos padrões, produtos e práticas aos das melhores editoras do mundo.

Além de fazer cursos,

ler livros e envolver-se com associações de classe, é essencial participar de congressos e feiras do setor. Participamos de eventos nacionais e internacionais onde os melhores expõem seus produtos, discutem estratégias e analisam tendências em fóruns e mesas redondas.

Dessa forma nos acostumamos com a linguagem da excelência e das melhores práticas. É um passo importante para alinhar nossos planos às tendências que vão se confirmando.

Com esse objetivo,

participei em janeiro do congresso Digital Book World em Nova York. Criado em 2010, o evento costumava focar apenas os e-books e a editoração digital.

O foco mudou em 2017, diante da constatação de que as vendas de ebooks estagnaram e os livros impressos estão voltando a crescer. Reestruturaram o evento para destacar a produção de livros em todos os formatos “num mundo cada vez mais digital”.

O evento reuniu as maiores editoras americanas e internacionais, que observam a evolução rápida do setor. Entre as muitas tendências discutidas estão estas cinco:

1. As editoras agora falam diretamente com seus leitores
A antiga estratégia de comunicação visava persuadir as livrarias a apostarem nos lançamentos. Hoje o budget de marketing foca prioritariamente os consumidores.

A tecnologia permite o acesso direto a centenas de milhares de leitores potenciais; são eles que acabam criando a demanda que a livraria então busca suprir.

2. As editoras têm 15 dias para vender seus livros
Dizem as estatísticas que a partir do momento em que um leitor potencial descobre a existência de um livro que lhe interessa, se ele não adquirir o livro rapidamente — em média, em até duas semanas — provavelmente deixará de fazer a compra.

O desafio para a editora, então, é informar o mercado sobre a existência do livro e desdobrar-se para facilitar a compra. Se antes o objetivo era vender, hoje é “vender agora”.

3. O Facebook é a plataforma mais importante para o autor
A natureza pessoal e multidimensional dessa rede social é perfeita para a divulgação de livros. As editoras podem e devem auxiliar os autores nas suas estratégias de divulgação via Facebook, mas os autores mais seguidos são aqueles que são mais independentes e transparentes.

4. As livrarias passam a entender que seu negócio não é vender livros 
As mais bem-sucedidas de hoje sabem que as pessoas buscam relacionamento, compreensão e significado. Atraem as pessoas para dentro das livrarias, organizando debates, palestras, leituras dinâmicas, cursos e eventos que agregam valor às vidas das pessoas.

Investem em cafés e até restaurantes dentro das lojas (nas novas lojas-conceito da Barnes & Noble, por exemplo). Existem livrarias que chegam ao ponto de organizar até viagens internacionais para grupos de leitores interessados em geografia literária (como, por exemplo, a Greenlight, de Nova York). A venda de livros flui como consequência natural.

5. Os audiobooks não param de crescer 
Nos últimos cinco anos, o faturamento desse segmento quase dobrou, chegando em 2016 a quase USD 2 bilhões apenas nos EUA. A facilidade de acesso aos livros gravados em áudio fez com que milhões de pessoas adquirissem o novo hábito.

Antes as pessoas ouviam audiobooks em CD, principalmente em longas viagens nos seus carros. Agora usam seus smartfones para baixar livros inteiros em segundos, usando aplicativos como o Audible para facilitar a experiência.

Nem sempre as tendências internacionais se confirmam no Brasil. Nosso povo tem suas preferências, seus hábitos e suas maneiras de consumir conteúdo. Mas há tendências que são unanimidades transculturais. A tecnologia mudará a literatura para sempre.

As redes sociais, o alastramento dos celulares e smartphones, o acesso a ebooks e a facilidade de compra de livros impressos online estão mudando a forma como as pessoas consomem literatura.

Mark Carpenter
Presidente da Editora Mundo Cristão


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