Conheça esse curioso processo editorial e fique por dentro do que está por trás dos seus livros favoritos
O prazer da leitura vem angariando mais e mais adeptos,
e a facilidade de ter livros de autores consagrados no exterior e no Brasil em diferentes plataformas tem atraído leitores de obras de todas as categorias editoriais.
A maioria deles talvez não imagine o que está por trás do processo de aquisição dos direitos para a publicação de um título estrangeiro em nosso país.
Sempre dispostas a oferecer conteúdos relevantes e de boa qualidade a seus leitores,
as editoras brasileiras têm investido cada vez mais na busca de novos escritores e no bom relacionamento com parceiros estrangeiros,
a fim de obter sua confiança e assegurar o direito de se tornar seus representantes legais no Brasil.
O processo para disponibilizar a tradução em português começa com a negociação dos direitos autorais, ou seja,
na definição de que casa publicadora será a guardiã legal da obra traduzida e a representante da editora e do autor estrangeiro no Brasil (e em outros países de língua portuguesa).
Esse processo pode ser bem concorrido e desafiador,
chegando a transformar-se quase em leilão quando a disputa pela aquisição dos direitos autorais ocorre entre editoras de peso.
É o caso de best-sellers internacionais, cujo adiantamento de royalties (pagamento de direitos autorais) pode alcançar cifras na casa dos seis dígitos da moeda americana.
Em se tratando de editoras de pequeno e médio porte,
cujo poderio financeiro não se iguala às gigantes do mercado, outros fatores sobressaem, pois o poder econômico não é o elemento decisivo na aquisição, mesmo no caso das grandes corporações.
O diferencial numa negociação está na solidez, na imagem e na confiabilidade da instituição;
na robustez das relações com parceiros nacionais e estrangeiros;
na capacidade de negociar;
na competência do quadro de colaboradores;
na penetração, no respeito e na representatividade da marca no mercado editorial;
e, claro, em seu catálogo de títulos.
Como diz o ditado popular: nem sempre o maior é o melhor. E o mercado editorial está aí para comprovar.
Silvia Justino
Gerente editorial