Saiba mais sobre o assunto em trecho inspirador de “Perdão total no casamento”, escrito por Maurício Zágari
Por Maurício Zágari em Perdão total no casamento
Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.
Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo (Efésios 4.31-32).
É interessante observar que os verbos usados neste texto estão no imperativo, ou seja, são ordens.
Livrem-se. Sejam.
Não são sugestões, dicas, opções ou conselhos.
Poderíamos abordar os diversos ângulos do que Paulo diz, mas vamos nos concentrar na questão do perdão.
Como se perdoa?
É preciso sentir algo?
Tenho de ir até a pessoa conversar?
É necessário esperar o pedido de perdão? Afinal, de que maneira se perdoa na prática?
A Bíblia responde: “assim como Deus os perdoou em Cristo”.
E como foi exatamente que Deus nos perdoou em Cristo?
A resposta vem em seguida: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Ef 5.1-2).
Vemos que há dois aspectos fundamentais na prática do perdão:
1) amor;
2) sacrifício pessoal.
O amor verdadeiro é demonstrado por atitudes, por isso devemos agir em favor de quem estamos perdoando, fazendo-lhe o bem, abrindo mão da vingança, procedendo de fato como se age com alguém que teve sua dívida conosco cancelada.
Isso sempre exigirá amor como motivação e sacrifício como prática. Quem perdoa sempre precisa se sacrificar mais do que quem é perdoado.
Orar em favor da pessoa perdoada é um excelente exercício de perdão.
Mesmo que você não se lembre dessa pessoa com carinho, ainda que haja sentimentos negativos em seu coração por ela,
você não deve esperar mudanças no que sente; deve agir para que haja mudanças! Ore por ela.
Peça a Deus que lhe faça o bem. E seja totalmente transparente na sua oração.
Você pode dizer ao Senhor algo como:
“Pai, perdoa essa pessoa. Eu não sinto desejo algum de perdoá-la, ainda carrego sentimentos confusos sobre o que ela fez, e minha vontade é não perdoar.
Mas sei o que é o certo e desejo me ver livre do veneno da falta de perdão, com todo o ressentimento que ele carrega.
Por isso, decido perdoá-la e cancelo toda dívida que ela tinha comigo.
Peço que apagues de tua memória qualquer dívida dela comigo ou contigo referente ao que ela fez e que a abençoes em tudo o que ela fizer. Amém”.
A partir daí, o ideal é que tudo volte a ser como antes.
Evidentemente, há algumas situações em que isso não é possível, como, por exemplo, um marido que agride fisicamente.
Perdoar não significa se expor a novas situações que ponham em risco sua integridade física. Ou uma esposa que o traiu com seu melhor amigo: você não é obrigado a voltar a conviver com esse amigo, o que seria constrangedor.
O ideal é que tudo volte a ser como antes do erro cometido. Mas, se isso não for possível, faz parte do processo de perdão proceder algumas mudanças em nome da paz ou da prevenção de possíveis futuros problemas.
Gostou do texto?
Ele é um trecho do livro Perdão total no casamento.
Na obra, Maurício Zágari apresenta princípios práticos para a prevenção de conflitos na vida conjugal e para a reconstrução de relacionamentos em crise.
Altamente indicado para casados ou para quem está se preparando para subir ao altar, o livro é um verdadeiro manual para quem deseja uma união duradoura e feliz. Para conhecer o livro, clique aqui.