Leia uma reflexão escrita por Antônio Carlos Costa e inspire-se ao conhecer o sublime modo de viver cristão
Por Antônio Carlos Costa em Teologia da trincheira
O cristianismo nos chama para viver o extraordinário. O ordinário pode ser feito por qualquer pessoa. Para amar quem nos ama não é preciso conversão.
O que está além do ordinário é amar quem não nos ama. Esse amor não é natural. Para viver essa espécie de vida, é necessário o concurso da graça de Deus.
Deus é glorificado quando cristãos amam seus inimigos, oferecem o amor como resposta à maldade humana.
A razão é clara: ao vivermos desse modo, praticamos o amor divino naquilo em que ele mais difere do amor humano. Em suma, ao fazê-lo, reproduzimos o caráter de Deus.
Não podemos, entretanto, confundir amar com gostar. Deus pede de nós amor benevolente por todos os seres humanos. Esse é o amor que nos leva a tratar com bondade o próximo, independentemente da excelência ou não de seu caráter.
Já o amor complacente — aquele que vem acompanhado de deleite, em razão da excelência do objeto do amor —, só podemos ter por aqueles que de fato são amáveis. Somos, portanto, chamados pela Palavra de Deus a amar todas as pessoas, mas não a gostar de todas elas.
O amor é algo que se desenvolve com o exercício do amor. Não espere gostar para amar. Ame como se gostasse. No processo, você se perceberá amando. Quanto mais tratar com ódio, mais odiará. Quanto mais tratar com bondade, mais amará. Deus honra nossos esforços.
Talvez você esteja dizendo: “Isso é rematada hipocrisia!”. Não há dúvida de que, ao agir dessa forma, você fará o que seus sentimentos pedem que não faça, mas será honesto com o seu coração regenerado que pede que você ame, ainda que seus sentimentos não o ajudem. Nós não temos de ser fiéis ao nosso coração duro. Temos de ser fiéis a Deus.
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Você sabia?
O artigo que você acabou de ler é um trecho do livro Teologia da trincheira – Reflexões e provocações sobre o indivíduo, a sociedade e o cristianismo, obra que traz uma edificante compilação de textos escritos por Antônio Carlos Costa, pastor e fundador da ONG Rio de Paz. Profundamente inspirador, o livro aborda temas importantes da doutrina cristã e apresenta o caminho bíblico e cristalino para uma vida de fé fervorosa, comprometida com o Reino de Deus e com o próximo.