“Valor e importância podem ser associados a bens materiais, mas quando se trata de medir aquilo que é imaterial, somente a dignidade se aplica”, Terence Lester em “Invisíveis: como o amor nos abre os olhos para pessoas marginalizadas”
A seguir, você lerá um trecho do livro Invisíveis: como o amor nos abre os olhos para pessoas marginalizadas, escrito por Terence Lester, fundador e diretor executivo da Love Beyond Walls, organização dedicada ao cuidado de moradores de rua e marginalizados em geral. Na obra, Terence compartilha sua própria experiência ao entender, em primeira mão, o que é morar nas ruas. Para isso, se propôs a vivenciar aquilo que os “invisíveis” passam no dia a dia. À medida que compartilha histórias de vida, expõe fatos e denuncia gravíssimos problemas sociais, apresenta maneiras efetivas e comprovadas de tratar da pobreza na prática.
Longe de desafiar o leitor a fazer caridade, Invisíveis o convida a amar sem condições, a ressignificar a própria existência, assumindo o serviço como um estilo de vida, e não um evento. Um livro que traz uma mensagem urgente para a igreja, com histórias e informações surpreendentes que nos convidam a ter mais compaixão por quem vive nas ruas.
Ao final do artigo, você encontrará um link para a compra do livro impresso ou do e-book.
Boa leitura!
O que é dignidade?
Trecho de Invisíveis, livro escrito por Terence Lester
O que é dignidade? E de onde ela vem? Em sua definição mais simples, ter dignidade é merecer honra e respeito. Creio que dignidade consiste na importância e no valor inerentes de uma pessoa. Mas o que torna algo importante?
Atribuímos importância a pequenos objetos de nossa infância ou que recebemos como herança; damos a esses itens valor sentimental medido pelo significado que têm para nós. Também atribuímos valor monetário a praticamente todos os bens materiais. O que torna um automóvel mais caro que outro? É sempre a qualidade e a tecnologia, ou também o prestígio superior de sua marca?
Valor e importância podem ser associados a bens materiais, mas quando se trata de medir aquilo que é imaterial, somente a dignidade se aplica. Percebi, contudo, que não fazemos distinção entre as duas categorias […]. Somos tentados a medir e associar a dignidade indevidamente à condição financeira, à aparência e aos bens de uma pessoa.
Duas coisas precisam mudar: primeiro, o tratamento que nós, como indivíduos, dispensamos a essas pessoas ao passar por elas e, segundo, o trabalho que nós, como comunidade, efetuamos juntos para resolver essas questões do ponto de vista sistêmico. O que tem de acontecer em uma cultura para que ocorra esse tipo de mudança? Como realizar a complicada tarefa de provar nosso valor uns para os outros?
Essas perguntas trazem à memória Gênesis, a criação de todas as coisas, que abrange você, eu e o homem parado na esquina. Gênesis 1.27 diz:
Assim, Deus criou os seres humanos à sua própria imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou.
Deveria ser simples assim. Como homens e mulheres projetados à imagem do Projetista inteligente, temos importância e valor. No entanto, nem sempre esse foi o ideal na maioria das sociedades. Ainda sentimos os efeitos disso em nossos dias.
Lester, Terence. Invisíveis: como o amor nos abre os olhos para pessoas marginalizadas – 1. ed. – São Paulo: Mundo Cristão, 2021. Págs. 146 a 147
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