Se você deseja evitar erros e não ser enganado por pregadores que usam o texto bíblico como trampolim para ideias e opiniões próprias, leia “O protagonismo da Bíblia”, livro escrito por Estevan Kirchner
A Bíblia apresenta um enredo de redenção para o ser humano e toda criatura, a mensagem de que nosso Deus não apenas se importa como também nos oferece o caminho. Meditar em seus ensinamentos e praticá-los são posturas basilares da vida cristã. Mas, o que acontece quando os cristãos não leem as Escrituras e/ou não sabem interpretá-la?
O ponto delicado reside no fato de que, embora muitos reconheçam o papel fundamental das Escrituras como revelação do plano de Deus para a humanidade e a criação, nem todos dedicam tempo suficiente para estudá-la em profundidade. Assim, a despeito do tempo que estão na igreja, permanecem imaturos como crianças, levados de um lado para outro, empurrados por qualquer vento de novos ensinamentos, influenciados e enganados com mentiras astutas. Isso precisa mudar!
Resgatar o protagonismo da Bíblia
Com o objetivo de oferecer aos leitores um roteiro de reflexões que viabilizam o correto estudo e aplicação da Palavra de Deus, Estevan Kirchner, mestre em Interpretação Bíblica e PhD em Novo Testamento pela London School of Theology, na Inglaterra, escreveu o livro O protagonismo da Bíblia: Reflexões sobre o papel das Escrituras em nossos dias.
Na obra, Kirchner analisa os componentes necessários e apropriados para uma visão equilibrada, mas sobretudo fidedigna, da autoridade e do consequente papel normativo da Palavra de Deus. Entre outros assuntos, o autor diagnostica inconsistências e desvios na pregação praticada em muitas igrejas e a falta de preparo dos fiéis que desconhecem princípios fundamentais para julgar se o ensino está correto ou não.
Tendo em perspectiva o contexto evangélico no Brasil, o autor destaca o despreparo bíblico-teológico de grande parte da liderança e elucida a sutil, mas inquietante, transferência da submissão à autoridade da Palavra de Deus escrita para a “palavra” oral de pastores e líderes evangélicos populares. Para romper com tal realidade, é primordial levar realmente a sério a inspiração e a autoridade das Escrituras e jamais usar o texto bíblico como trampolim para ideias e opiniões próprias.
“Muitas vezes, verificamos que o povo evangélico, consciente ou inconscientemente, favorece o ambiente em que alguém é capaz de pautar suas próprias interpretações e/ ou opiniões com um “assim diz o Senhor”, que isenta a maioria menos avisada da tarefa, sempre salutar, de examinar as Escrituras ‘para ver se as coisas eram, de fato, assim’”, comenta Kirchner.
Na obra, o autor também propõe uma atuação cristã mais engajada socialmente, a fim de promover o evangelho de maneira relevante num contexto multidisciplinar, “na sinagoga, na praça e na academia”.
Nesse sentido, o autor sinaliza que não é só necessário e possível, como também desejável, que haja um diálogo crítico entre o evangelho de Jesus Cristo e a sociedade, em todos os níveis. Esse diálogo crítico — declara — de modo algum invalida, compromete ou diminui a piedade cristã que a Palavra de Deus exprime e requer dos cristãos. Pelo contrário, “é até incentivador e motivador da devoção cristã, como se vê na experiência do apóstolo Paulo no livro de Atos. Mas é piedade qualificada como engajada e relevante no mundo”.
Teologia explicada com linguagem acessível
O protagonismo da Bíblia: Reflexões sobre o papel das Escrituras em nossos dias é um livro breve e ótima referência para o estudo individual ou em grupo. É indicado a todo leitor que deseja obter informações essenciais para a correta interpretação bíblica, inclusive a cristãos novos na fé e integrantes de cursos de discipulado, estudantes de Teologia, pastores e líderes.
A obra faz parte da Coleção Sementes, livros que trazem textos breves e impactantes e que estimulam o leitor e a leitora a refletirem sobre temas necessários para a igreja de Cristo.
A obra já está à venda nas livrarias e nas principais plataformas digitais.