Novidade da Mundo Cristão chega às livrarias brasileiras a partir de janeiro de 2021
Para iniciar o ano de modo especial, a Mundo Cristão anuncia o lançamento de Uma teoria de tudo (que importa): Uma breve introdução a Einstein e suas ideias surpreendentes sobre Deus, livro escrito por Alister McGrath, autor e palestrante renomado, professor de Ciência e Religião na Universidade de Oxford, doutor em Biofísica Molecular, em Teologia e em História Intelectual.
Na publicação, McGrath examina a vida e o legado de Einstein, explicando seu significado científico e considerando o que Einstein fez e não fez, o que ele acreditava e não acreditava sobre ciência, religião e o significado da vida. Instigante e esclarecedor, o livro é leitura obrigatória para quem deseja compreender o papel da fé em um mundo em que a ciência e a tecnologia ocupam papel fundamental na sociedade e influenciam o estilo de vida das pessoas.
Grandes questões da existência
O próprio Einstein refletiu cuidadosamente sobre as questões mais profundas da vida. Seu elevado status intelectual nos convida a ouvi-lo quando também pensamos nesses assuntos. Com esse pano de fundo, Alister McGrath incentiva cada leitor a analisar cuidadosamente questões como: “A ciência pode responder a todas as nossas perguntas?”; “Por que a religião é tão importante na vida?” e “Como podemos unir ciência e fé?”
Para que você, leitor Mundo Cristão, fique por dentro da novidade, compartilhamos, a seguir, a introdução da obra. Por meio dela, você conhecerá detalhes da investigação de McGrath e a abordagem que o autor faz acerca da trajetória de Einstein e de sua respectiva importância para o contexto histórico atual. Confira!
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Albert Einstein, o gênio favorito do mundo
Introdução do livro Uma teoria de tudo (que importa), de Alister McGrath
Albert Einstein continua sendo o gênio favorito do mundo, conduzido à fama pela admiração popular despertada por suas teorias científicas revolucionárias sobre o espaço e o tempo. […] Apareceu na capa da revista Time mais de seis vezes e foi eleito “Pessoa do Século” em 1999. A equação E = mc2 se tornou a fórmula científica mais conhecida de todos os tempos e — assim como o estilo de corte de cabelo característico de Einstein — é estampada frequentemente em camisetas e cartazes.
Os fotógrafos adoravam Einstein. Uma de suas fotografias mais conhecidas é a de Arthur Sasse, em que Einstein põe a língua para fora. Essa fotografia icônica foi tirada em 1951, ao final da festa de aniversário dele, em Princeton, quando Einstein, cansado, entrava em seu carro para ser levado para casa pelo motorista. Sasse, que estava cobrindo o evento, correu até a porta e pediu uma última foto para Einstein. Einstein se virou para ele e pôs a língua para fora no exato instante em que surgiu o clarão do flash da câmera de Sasse. Einstein gostou tanto da fotografia que a usou em cartões comemorativos que enviava aos amigos.
As ideias de Einstein mudaram o modo como pensamos e vivemos. Sem que o percebamos, dependemos de sua teoria da relatividade quando usamos um Sistema de Posicionamento Global, ou GPS. A luz e o calor do sol são o resultado direto da conversão de massa em energia, o processo que Einstein identificou pela primeira vez em 1905 e expressou na equação E = mc2. Esse mesmo princípio está por trás dos geradores de energia nuclear — e das bombas atômicas.
Einstein ativou a corrida dos Estados Unidos para construir a bomba atômica em 1939 com uma carta ao presidente Franklin D. Roosevelt, alertando-o de que a Alemanha nazista chegaria primeiro, a menos que os Estados Unidos se comprometessem a desenvolver a tecnologia necessária. (Uma cópia dessa carta datilografada foi vendida na casa de leilões Christie’s em Nova York por 2,1 milhões de dólares em 2008.)
A imensa estima devotada a Einstein pela comunidade científica acadêmica e popular fazia com que as pessoas se dispusessem a escutar quando ele falava sobre questões mais amplas. Quando a teoria da relatividade geral foi confirmada triunfalmente, em novembro de 1919, ele se tornou uma sensação na mídia. A viagem dele aos Estados Unidos em 1921 foi notícia de primeira página.
No entanto, Einstein não falava apenas de ciência. Ele levantou questões sobre o valor e o significado dos seres humanos — o que o filósofo Karl Popper chamou mais tarde de “questões últimas”. As pessoas escutavam Einstein com atenção e respeito. Ele se tornou um gênio famoso, um intelecto de imenso prestígio, que conseguiu obter um status de ídolo cultural sem baixar o nível do discurso.
“Einstein não falava apenas de ciência. Ele levantou questões sobre o valor e o significado dos seres humanos.”
Einstein não se encaixa no estereótipo limitado do gênio científico. Em uma visita à Califórnia, ele formou uma surpreendente amizade com o astro do cinema Charlie Chaplin.
Em 1931, Chaplin convidou Einstein para assistir à estreia do seu filme Luzes da Cidade. A multidão foi à loucura quando Einstein e Chaplin chegaram juntos. Segundo uma lenda popular, Chaplin disse a Einstein: “Eles estão aplaudindo você porque ninguém o entende, e a mim porque todos me entendem”.
Apesar de Einstein ter recebido o Prêmio Nobel de Física em 1921, pode-se dizer que sua maior realização foi ter-se tornado admirado, até adorado, pelo grande público. Muitos percebiam que, embora Einstein fosse difícil de entender, havia compreendido algo profundo acerca de nosso universo que outros não haviam conseguido compreender. Valia a pena ouvi-lo — mesmo que isso fosse difícil e exigisse esforço.
Este breve livro pretende explicar em termos simples e acessíveis as ideias científicas revolucionárias de Einstein, ideias que ainda moldam nosso mundo hoje, e explorar seu significado. Ninguém acha que um gênio científico é infalível. Ainda assim, o status de Einstein significa que vale muito a pena escutá-lo, especialmente quando se pensa em como entender nosso universo.
Porém este livro vai além — como, acredito, Einstein gostaria que fizéssemos. As páginas a seguir levam a sério a fascinação de Einstein por um “grande quadro” do nosso mundo e de nós mesmos. Refletem sobre como Einstein integrou pessoalmente ciência, ética e fé religiosa para obter uma descrição mais rica da realidade — se preferirem, uma teoria de tudo o que importa. Como ele fez isso? Quais foram os resultados? O que permanece válido para nós ainda hoje? Muito se escreveu sobre a ampla visão que Einstein possuía da vida, estimulando e informando nossa discussão. Então por que não fazer de Einstein nosso parceiro de diálogo? Afinal, ele era um gênio.
Por fim, uma advertência. Muitas declarações atribuídas a Einstein não apresentam nenhuma ligação com ele. Aqui está uma que costuma ser atribuída a Einstein, e que eu vi pela primeira vez na camiseta que alguém usava em uma universidade norte-americana: “Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado”. É uma grande ideia, mas não é de Einstein. Ao longo deste livro, tentei garantir a citação confiável de suas obras.
Eis uma citação autêntica que constitui o programa deste livro: “A ciência só pode averiguar o que é, mas não o que deveria ser”. Einstein nos convida aqui a explorar uma forma de manter o pensamento científico e moral unidos e estabelece um jeito próprio de fazer isso. Ciência, ética e religião são empreendimentos bem diferentes, desempenhando papéis distintos em nossa vida e baseados em padrões de pensamento diferentes. Como, então, podemos reunir essas perspectivas singulares em um todo coerente? Esse é um problema genuíno, e Einstein nos ajuda a pensar sobre ele.
“Einstein nos convida aqui a explorar uma forma de manter o pensamento científico e moral unidos e estabelece um jeito próprio de fazer isso.”
Embora este livro explore as ideias científicas de Einstein, seu verdadeiro foco é como ele tentou desenvolver uma visão coerente do mundo — uma “grande teoria de tudo” que abarcasse tanto nosso entendimento de como o mundo funciona quanto a questão mais profunda do que ele significa. Einstein não foi apenas um grande cientista; foi um ser humano que refletia e que percebeu a importância de manter unidas nossas principais ideias e crenças. Suas reflexões sobre como criar esse “grande quadro” de nosso mundo e de nós mesmos podem nos ajudar a ir além da fragmentação de ideias e valores que se tornou uma característica central da cultura ocidental.
McGrath, Alister E., Uma teoria de tudo (que importa): Uma breve introdução a Einstein e suas ideias surpreendentes sobre Deus. 1. ed. -São Paulo: Mundo Cristão, 2021, Págs. 7-10.
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Conheça a aclamada biografia de C.S. Lewis, também escrita por McGrath:
A vida de C.S. Lewis: Do ateísmo às terras de Nárnia
Sobre o autor:
Alister McGrath é atualmente professor de Ciência e Religião na Universidade de Oxford, onde obteve o doutorado em biofísica molecular, em teologia e em história intelectual. Ex-ateu, tornou-se conhecido por seu envolvimento em debates culturais sobre a racionalidade e a relevância da fé cristã, e também por A vida de C. S. Lewis, biografia publicada pela Mundo Cristão. Autor de mais de cinquenta livros e palestrante renomado, McGrath vive em Cotswolds, perto de Oxford.
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